O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, classificou o ambiente como um património herdado dos antepassados para benefício comum, daí a importância de todos serem guardiães deste legado para as gerações vindouras.
Guebuza falava, na Escola Secundária Quisse Mavota, Distrito Municipal Número Cinco (DM5), em Maputo, no acto do lançamento da Campanha Nacional de Educação Ambiental, que durará 16 anos, até ao ano 2025, culminando com as comemoração dos 50 anos da independência Nacional, alcançada em 1975.
“Temos que assumir que o meioambiente é património público que herdamos dos nossos antepassados para dele nos beneficiarmos e sermos os seus guardiães para as gerações vindouras”, explicou o Chefe de Estado. O Sétimo Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) preconiza a integração dos princípios de desenvolvimento sustentável nas políticas e programas dos países, reverter a perda dos recursos naturais. Combater a perda da biodiversidade e reduzir, até 2015, bons níveis das perdas. Ciente deste objectivo, Guebuza disse que “não podemos consumir tudo, temos de criar condições para que aqueles que ainda vêm, e são muito mais do que nós, possam também usufruir desse bem público”.
Na ocasião, foi igualmente apresentada a experiência dos distritos da Macie, na província meridional de Gaza, e Mogovolas em Nampula (norte do país), sobre as boas práticas, com vista a preservar o meio ambiente. Os líderes comunitários e as comunidades em Mogovolas constituíramse em conselhos de arbitragem que mobilizam os residentes a evitarem a prática das queimadas descontroladas, proteger os cajueiros bem como responsabilizar os infractores das normas instituídas, com vista a proteger o ambiente.
No Posto Administrativo de Messano, distrito do Bilene, as comunidades mobilizaram as populações que cortam arvores para a obtenção da lenha, queima do carvão e até mesmo para tirar material de construção precária. A iniciativa teve acordo tácito dos envolvidos e desde então já foram plantadas 6680 árvores novas, no quadro do repovoamento florestal.
A campanha nacional, a ser replicada pelo país, tem por objectivo criar uma visão comum em relação a gestão ambiental, conducente a um desenvolvimento sustentável, que contribua para reduzir os problemas da sua degradação, particularmente aqueles cujas causas são de origem humana. A mesma vai transmitir conhecimentos básicos e a compreensão do ambiente e a sua inter-relação com o ser humano; desenvolver habilidades para resolver os problemas ambientais, contribuir para o desenvolvimento de valores sociais e atitudes que sejam ambientalmente sãos entre outros objectivos preconizados.
O acto de lançamento contou com a presença do Chefe de Estado e Esposa, membros do governo, o corpo diplomático acreditado em Moçambique, altos dignitários, alunos e outras convidados.