O governo de Portugal está empenhado em alcançar um acordo com os partidos que subscreveram o programa de resgate, como o maior partido da oposição, o Partido Socialista, para superar a crise política que atinge o país, disse o primeiro-ministro português, Pedro Passos, em resposta ao presidente que quer um acordo de “salvação nacional”.
“Portugal não pode parar agora, seria incompreensível se esse caminho de esforço e luta dos portugueses ficasse pela metade ou morresse na praia. O país está primeiro”, disse o primeiro ministro, no debate parlamentar sobre o Estado da Nação.
Passos Coelho disse que “as palavras do senhor presidente da República de apelo veemente ao compromisso entre os três partidos (PSD, PS e CDS) que subscreveram o programa de assistência devem ser ouvidas à luz destes grandes desafios”, disse. “Façamos por isso um acordo que corresponda ao desejo de todos, o de concluir com sucesso o programa de assistência em junho de 2014 e o de garantir que Portugal no futuro, pós-troika, nunca mais tenha que sofrer uma crise como a que nos atingiu em junho de 2011”, disse Passos Coelho, que lidera o maior partido da coligação governamental, o Partido Social Democrata (PSD).
“Como primeiro-ministro nunca deixei de colocar o país em primeiro. É assim para todo o governo, mas também terá de ser assim para toda a oposição”, disse. Portugal está mergulhado numa crise política, que levou o presidente da República a não dar o esperado aval à reformulação do governo proposta pelo primeiro-ministro para estancar a ruptura na coligação governamental do PSD e o CDS-PP, fazendo um apelo por a um acordo de “salvação nacional” com o maior partido da oposição, o Partido Socialista (PS).
O agravamento da crise política já levou o governo a pedir o adiamento da oitava avaliação regular do resgate de Portugal pela troika, que deveria começar em 15 de julho, mas que agora está prevista para começar no fim de agosto ou início de setembro.