Militantes ligados à Al Qaeda na Síria mataram, esta Quinta-feira (11), um membro graduado do Exército Sírio Livre, grupo oposicionista apoiado por governos árabes e ocidentais, segundo uma fonte do ESL.
O caso mostra a crescente rivalidade entre elementos islâmicos e outros mais moderados nas fileiras da oposição armada ao governo de Bashar al-Assad, numa guerra civil que já dura mais de dois anos.
Kamal Hamami, também conhecido como Abu Bassel al-Ladkani, membro do Conselho Militar Supremo do Exército Sírio Livre, foi morto durante uma reunião com membros do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, na cidade portuária de Latakia, segundo relato feito à Reuters por Qassem Saadeddine, porta-voz do ESL.
“O Estado Islâmico telefonou-me dizendo que mataram Abu Bassel e que vão matar todo o Conselho Militar Supremo”, disse Saadeddine na Síria.
Ele disse que a reunião servia para a discussão de “planos de batalha”, num momento em que o ESL tenta montar uma rede logística e reforçar a sua presença no território sírio, antes de receber uma ajuda militar prometida pelos Estados Unidos.
O Congresso norte-americano ainda não autorizou o envio de armas ao ESL porque teme que esse material não seja suficiente para derrubar o governo de Assad e que termine nas mãos de militantes islâmicos.