O chefe do departamento de Administração Interna e Poder Local do partido Renamo, Jeremias Pondeca, manifestou esta sexta-feira (05), em Maputo, a vontade de ver os partidos políticos envolvidos no processo de negociações entre o Governo e a Renamo. Pondeca considera ainda que na mesa de negociações há um espaço para que outros intervenientes sejam ouvidos.
“O que está a acontecer na mesa de negociações é que há um empate de 40 porcento, portanto, há aqui uma margem de 20 porcento que os partidos políticos devem dizer alguma coisa”, esclareceu.A fonte reconhece, no entanto, que, inicialmente, não houve clareza em relação às questões que o seu partido pretendia que fossem resolvidas, mas que com o tempo este problema foi ultrapassar.
O membro sénior da Renamo assegurou que o seu partido não está interessado num outro acordo com o Governo, à semelhança do assinado em 1992. O que se pretende é que os processos eleitorais sigam os padrões democráticos.
“Não existe capital da paz”
Relativamente ao encontro entre o Presidente da República, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, Pondeca defende que não se deve exigir que este último venha à capital do pais para que o diálogo tenha lugar, apesar de esta ser a sede de todos os partidos políticos. Se o diálogo visa manter a paz, é salutar que haja mais abertura e disponibilidade em ambas as partes, até porque “não existe capital da paz.” A paz pode ser negociada em qualquer canto de Moçambique.