Uma mulher-bomba matou 15 pessoas que saíam de uma mesquita xiita, Sexta-feira (5), em Bagdad, e um segundo ataque, contra manifestantes sunitas, deixou sete mortos, segundo fontes médicas e policiais iraquianas.
Testemunhas disseram que os guardas da mesquita no bairro de Graiaat, na zona noroeste de Bagdad, abordaram uma mulher que se explodiu no meio dos fiéis que deixavam a prece da tarde.
Os atentados suicidas são uma característica da Al Qaeda. O atentado a bomba contra os manifestantes sunitas ocorreu em Samarra, 100 quilómetros ao norte de Bagdad. Os organizadores do protesto atribuíram o ataque a uma milícia xiita, e disseram que as autoridades foram cúmplices, porque o veículo cheio de explosivos passou por várias barreiras policiais.
Há meses os sunitas protestam no Iraque contra uma suposta discriminação do governo, dominado pelos xiitas. Adnan Al Muhanna, organizador da manifestação em Samarra, defendeu que os sunitas iraquianos saiam às ruas diariamente, seguindo o exemplo do Egito, onde o presidente Mohamed Mursi foi deposto depois de imensas manifestações populares.
“As manifestações podem promover a mudança. Nem as eleições nem as armas conseguem fazer isso”, disse Muhanna.