O Instituto de Ciências de Saúde de Maputo (ICSM) graduou, esta sexta-feira (28), em Maputo, 188 técnicos de nível médio nos cursos de Enfermagem Geral, Anestesiologia, Radiologia, Fisioterapia, Ontoprotesia, Medicina Preventiva e Estatística Sanitária, que serão distribuídos pelas unidades sanitárias do país onde há falta de pessoal.
O director nacional de Recursos Humanos no Ministério da Saúde (MISAU), Martinho Dgedge, explicou que, apesar de se formar, anualmente, cerca de 2.500 técnicos o sector ainda não consegue atingir o número de recursos humanos necessários para garantir um funcionamento normal dos hospitais (não disse quantos), devido ao crescimento e expansão da rede sanitária nas zonas rurais e urbanas. Esta situação exige do Governo um incremento da capacidade de formação para suprir o défice.
Segundo Dgedge, o país conta, actualmente, com cerca de 37.000 funcionários na área da saúde, dos quais 23.000 pertencem às áreas específicas, número bastante insignificante, uma vez que o sector precisaria do dobro deste universo para garantir o funcionamento adequado de toda rede hospitalar nacional.
O desafio, de acordo com a fonte, é aumentar os recursos humanos para as áreas específicas de atendimento médico passe dos actuais 23.000 para cerca de 45.000 funcionários. Nesse contexto, os recém-graduados foram aconselhados para que não sujeitem os doentes a maus-tratos, não se envolvam em actos de cobranças ilícitas, uso inapropriado dos bens de Estado e para respeitarem o juramento de servir ao povo e assegurar que haja qualidade dos serviços prestados.
Por sua vez, o director do ICSM, Inácio Mondlane, disse que deviam ter sido graduados 209 técnicos. Porém, apenas 188, dos quais 101 do sexo feminino e 87 masculino, foram até ao fim dos cursos e os outros desistiram devido a vários factores, taius como doença. Para Mondlane, os graduados devem se identificar pela simplicidade, humanismo a sua missão de salvar vidas.