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“Resignação de Capece é pelo dinamismo político”- Frelimo

O partido no poder em Moçambique, Frelimo, ao nível da cidade da Beira, província central de Sofala, diz que a resignação do seu primeirosecretário nesta urbe, Jó Capece, não deve constituir motivo de alarme nem ser interpretada como uma situação de turbulência no seio desta formação politica.

António Jó Capece solicitou sábado passado a sua resignação a este cargo para que havia sido eleito há sensivelmente três semanas, alegando falta de tempo para dirigir os destinos do Partido no poder ao nível daquela cidade capital de Sofala.

O facto é que Capece é docente da Universidade Pedagógica (UP), a instituição pública do superior vocacionada a formação de professores, na Beira e Xai-Xai (na província sulista de Gaza) e tem se deslocado frequentemente para Maputo (também no Sul), onde frequenta aulas de mestrado.

Capece justificou, no acto da sua resignação, que as suas frequentes deslocações para fora da Beira não o permitirão realizar a sua actividade politica a tempo inteiro, uma situação prejudicial ao partido sobretudo durante este ano das quartas eleições gerais e as primeiras provinciais. Mas, certamente, ele estava consciente dessa situação antes de ser eleito primeiro-secretário.

Citado pelo “Noticias”, o porta-voz da segunda sessão extraordinária do Comité da Frelimo na Cidade da Beira, Jossefo Nguenha, explicou Terça-feira que a decisão de Capece tem a ver com a dinâmica politica pretendida pelo seu partido durante este ano.

Assim, a Frelimo nega as alegações (incluindo de membros anónimos do partido que falaram ao diário “O País”) segundo as quais a renúncia de Capece àquele cargo tem a ver com a sua má reputação por ter sido mau gestor durante o período em que foi Director da UP da Beira. “Quando realizámos a II sessão extraordinária para avaliar o funcionamento do secretariado e planificar as actividades para as zonas, o primeirosecretário, depois de estudar os passos que a Frelimo deverá dar rumo ao alcance dos nossos objectivos eleitorais viu que não seria capaz de atender à dinâmica necessária, pois está muito atarefado com a docência, o que contrasta com a necessidade da manutenção do primeiro secretário entanto que dirigente máximo na cidade a tempo inteiro, tendo daí resultado nesta sua renúncia ao cargo”, disse Nguenha, citado pelo “Noticias”.

Ele desmentiu haver alguma relação desta renúncia com a alegada incompatibilidade de Capece, argumentando que “nas directivas do partido Frelimo não existem incompatibilidades de cargo”. “Este ano é bastante crucial na agenda política e não há espaço para deixarmos a nossa casa abandonada, daí a razão de encontrarmos uma outra pessoa que deverá ocupar-se a tempo inteiro para dirigir o partido na cidade, apesar de reconhecermos que Jó Capece poderia, com tanta vontade que tem dar mais e melhor ao partido”, acrescentou a fonte.

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