O partido no poder em Moçambique, a Frelimo, destituiu, esta Segunda-feira, o secretariado do seu braço feminino, a Organização da Mulher moçambicana (OMM).
O jornal “O País”, editado em Maputo, escreve, na sua edição de Terça-feira, que com a medida cessaram funções a respectiva Secretária-geral, Amélia Fraklim, e Violeta Langa e Elisa Amisse, membros do secretariado nacional.
A exoneração desta equipa eleita em 2011 segue-se a uma outra ocorrida em Maio último e que recaiu sobre o secretariado da Organização da Juventude moçambicana (OJM), o braço juvenil da Frelimo até então liderado por Basílio Muhate.
A fonte adianta que a queda do secretariado da OMM, por razões de ordem interna, já vinha sendo ventilada desde a altura em que foi destituído o secretariado da OJM.
“O Paîs” ? avança que tudo indica que a direcção da OMM foi demitida por desalinhamento com o partido, tal como aconteceu com a OJM.
Os sinais de desinteligências, segundo a fonte, iniciaram no decurso do X Congresso da Frelimo, ocorrido na província nortenha de Cabo Delgado, quando a OMM tentou avançar com a candidatura da antiga primeira-ministra e ministra das finanças, Luísa Diogo, para o cargo de Secretária-Geral da Frelimo, na perspectiva de sucessão.
Este mesmo jornal indica que a OJM e a OMM são as principais forças de campanha eleitoral do partido governamental e a sua destituição nesta fase de organização de eleições, nomeadamente as autárquicas de 20 de Novembro próximo, pode desestabilizar algumas estratégias da cinquentenária Frelimo.