O Partido da Convergência Democrática (PCD, oposição) apresentou uma queixa-crime contra o ex-primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, por alegada implicação num caso de branqueamento de capitais, soube-se, Terça-feira (11), de fonte partidária em São Tomé.
Armindo Aguiar, um dos dirigentes do PCD, declarou à imprensa à saída da Procuradoria Geral da República (PGR) que existem “fortes indícios” de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-primeiro-ministro Patrice Emery Trovoada e o banco comercial de capitais gaboneses BGFI Bank, instalado na praça financeira do arquipélago.
Ele disse ter pedido que a PGR accione mecanismos para apurar a veracidade dos factos, e sublinhou não ter dúvidas de que “o recibo de transferência em dinheiro vivo no valor de 624.600 euros, emitido pelo ex-primeiro ministro, e devidamente subscrito tanto por ele como pelo receptor do montante em numerário, é uma autêntica lavagem de dinheiro”.
Ao pedido dirigido à PGR, Armindo Aguiar anexou um documento com timbre e selo branco do gabinete do primeiro-ministro e uma suposta assinatura de Patrice Trovoada.
Por seu turno, o partido do ex-primeiro-ministro, Acção Democrática Independente (ADI, oposição), reagiu por intermédio do seu secretário-geral, Levy Nazaré, para desvalorizar a acção como “uma manobra dos assaltantes do poder com objectivo de denegrir e aniquilar Patrice Trovoada”.
“Nota-se um conjunto de actos contra uma só pessoa, sabendo eles que Patrice Trovoada é o político, é um líder porque vêm aí as eleições. O objectivo é aniquilar Patrice Trovoada com essas mentiras”, sentenciou, acusando os proponentes da acção de terem “medo” da figura do antigo primeiro-ministro e do regresso do partido da oposição ao poder.