A Associação Médica de Moçambique (AMM) e a Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos (PSU) ameaçam observar uma nova greve pacífica por um período de cinco dias renováveis, a partir de 20 de Maio em curso, em todo o território moçambicano, até que se chegue a um acordo com o Governo.
A agremiação emitiu esta Segunda-feira (13) um comunicado de imprensa no qual refere que o início da greve está previsto para às 07:30 horas em todo o país. Nas províncias onde o início da actividade laboral é às 07 horas a greve iniciará a mesma hora. Os ministérios da Saúde e da Função Pública já têm conhecimento do assunto através de um documento enviado pela AMM. Entretanto, caso haja um acordo entre as partes o período da greve pode ser encurtado.
Para além de exigirem um salário “baseado no princípio de equidade no sector público, conforme acordado no Memorando de Entendimento de 15 de Janeiro do ano em curso, com um aumento de 100 porcento do salário base, com efeitos imediatos e retroactivos a partir de 01 de Abril de 2013”, os médicos querem um aumento do subsídio de risco de 10 para 35 porcento.
Da lista das exigências constam ainda a uniformização e reajuste do valor pago pelas urgências nos hospitais, dos actuais 450 meticais para 2.000 meticais (tardes e durante a semana), 750 meticais para 3.500 meticais (noites durante a semana e fins de semana manha/tarde) 1.500 meticais para 4.000 meticais (noites dos fins de semana e feriados).
Em relação ao Estatuto do Médico, a classe exige que este documento seja aprovado na presente sessão da Assembleia da República e seja ainda revogada a obrigatoriedade de prestação de serviço ao Estado e tenham direito à habitação condigna com mobiliário, agua e luz. Impõem que as casas não sejam partilhadas entre os técnicos de saúde ou de outra área profissional. Caso contrário, o Estado deve atribuir um subsídio de renda justo de uma casa.