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Sequestrador de Ohio é o pai da criança que nasceu no cativeiro

Exames de DNA divulgados, Sexta-feira (10), identificaram Ariel Castro, indiciado judicialmente pelo rapto de três jovens durante cerca de uma década nos Estados Unidos, como o pai de uma menina de 6 anos que nasceu em cativeiro, filha de uma das reféns.

Castro, de 52 anos, foi preso, Segunda-feira, logo depois de as três mulheres, com idades entre 23 e 32 anos, serem encontradas dentro de um sobrado num modesto bairro de Cleveland. Duas delas – Amanda Berry e Gina DeJesus – já se reuniram com as suas famílias, e a terceira, Michelle Knight, teve alta na Sexta-feira de um hospital local.

Ela havia rejeitado visitas de parentes nos últimos dias, e não se sabe para onde ela iria. O procurador-geral de Ohio, Mike DeWine, disse em nota que os peritos obtiveram uma amostra do DNA de Castro na noite da Quinta-feira, e “trabalharam a noite toda para confirmar que Castro é o pai da menina de seis anos nascida em cativeiro de uma das vítimas do sequestro”.

A menina, filha de Amanda Berry, nasceu numa piscina inflável infantil, no dia de Natal de 2006, segundo as autoridades. Knight disse que fez o parto por ordem de Castro, e que ameaçou matá-la se o bebé morresse. Ela relatou que fez uma ressuscitação boca-a-boca na criança quando ela parou de respirar durante o parto, segundo o boletim de ocorrência policial.

As autoridades dizem que Castro também causou pelo menos cinco abortos em Knight, agredindo-a e submetendo-a a jejuns. Por causa disso, um promotor disse que também acusará o suspeito, ex-motorista de autocarro escolar, pelo crime de homicídio, que pode acarretar a pena de morte.

Também, Sexta-feira, o vereador local Brian Cummins disse que a polícia encontrou no cativeiro uma longa carta de Castro detalhando abusos sexuais sofridos por ele próprio, e falando em suicídio. “E, se ele fosse cometer suicídio, ele queria dividir o dinheiro da sua casa entre as três mulheres”.

Segundo Cummins, Castro também escreveu que o rapto “foi culpa das vítimas”. Elas foram capturadas ainda adolescentes, em ocasiões separadas, ao aceitarem boleias do homem no mesmo bairro onde fica a casa.

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