João Leopoldo da Costa, actual Presidente da Comissão Nacional de Eleição (CNE), anunciou nesta sexta-feira (10) que retirou a sua candidatura como membro da Sociedade Civil à futura CNE, na sequência das declarações do Presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade da Assembleia da República, Teodoro Waty.
“Na sequência dos pronunciamentos do Presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade da Assembleia da República dando conta de que a minha candidatura à membro da Comissão Nacional de Eleições submetida pela Organização Nacional dos Professores enferma de irregularidades, ainda que tenha considerado irregularidades sanáveis e não bastantes para impedir a minha eleição a membro da CNE, cumpre-me publicamente anunciar que decidi retirar a minha candidatura.” Afirmou da Costa numa declaração que leu na Televisão Pública.
“Na minha óptica irregularidades, ainda que sanáveis, são irregularidades e por isso retiro a minha candidatura. A bem da credibilidade dos órgãos eleitorais e a bem da credibilidade dos pleitos que se avizinham.” Acrescentou João Leopoldo que ainda se distanciou das irregularidades ocorridas no processo da sua candidatura, que segundo ele devem imputadas à direcção da Organização que propôs o seu nome.
Refira-se que a candidatura de Leopoldo da Costa, como candidato da Sociedade Civil, foi proposta por alguns membros demitidos da Organização Nacional dos Professores (ONP).
Confira aqui a posição da actual direção da ONP que afirmou que “A presidência que actualmente dirige o Secretariado Nacional não recebeu qualquer pedido de suporte de candidatura para a Comissão Nacional de Eleições do Sr. João Leopoldo da Costa”.
Leia ainda aqui o passado pouco abonatório do actual Presidente da CNE.
Com mais esta candidatura retirada, Benilde Nhavilo também havia retirado a sua candidatura devido ao que classificou como “falta de transparência do processo”, sobram 14 candidatos da Sociedade Civil para as três vagas existentes na futura Comissão Nacional de Eleições.
Na próxima semana a plenária do Parlamento moçambicano deverá decidir quem são os três escolhidos.