O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta segunda-feira, em declaração, o lançamento do míssil efetuado recentemente pela Coreia do Norte e reforçou o regime de sanções contra o país.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e o Japão haviam chegado a um acordo, no sábado, sobre um projeto condenando o lançamento. Segundo o texto, esses seis países (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Japão), “condenam” o lançamento do míssil balístico efetuado por Pyongyang, no dia 5 de abril, e afirmam que está “em contravenção com a resolução 1718 do Conselho, que proíbe a Coreia do Norte de realizar qualquer teste nuclear, ou lançamento de míssil”.
A Coreia do Norte havia desafiado a comunidade internacional com o lançamento de um míssil de longo alcance, o Taepodong-2, em um ato que o presidente americano, Barack Obama, classificou de “provocação” que precisa de uma resposta veemente. “É o momento de dar uma resposta internacional forte.
A Coreia do Norte deve saber que o caminho da segurança e do respeito nunca será percorrido por meio de ameaças e armas ilegais”, afirmou Obama em um discurso sobre a proliferação de armas nucleares pronunciado em Praga diante de 30.000 pessoas.
“O lançamento de um míssil Taepodong-2 foi uma clara violação da resolução 1718 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que proíbe expressamente a Coreia do Norte de realizar atividades relacionadas a mísseis balísticos”, indicou Obama em um comunicado.
Segundo Tóquio, Washington e Seul, o lançamento é uma violação das resoluções adotadas em 2006 pelo Conselho de Segurança da ONU que instavam a Coreia do Norte a “abster-se de qualquer novo teste nuclear ou lançamento de míssil balístico”. Oficialmente, a Coreia do Norte efetuou o lançamento de um foguete para colocar um satélite em órbita.
O míssil passou sobre o Japão em direção ao Pacífico, segundo o centro de controle de crises japonês. Estados Unidos e Seul confirmaram que foi um disparo de míssil e que nenhum satélite entrou em órbita, desmentindo a versão de Pyongyang.