O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) deverá aplicar, no período 2013/2016, cerca de dois milhões de dólares norte-americanos para contratação de especialistas estrangeiros destinados a reforçar a qualidade dos serviços de medição do tempo em Moçambique.
A contratação de estrangeiros deve-se à insuficiência de especialistas nacionais capazes de assegurar o pleno funcionamento da instituição, reconheceu Moisés Benessene, director nacional do INAM.
Por outro lado, Benessene admitiu que o INAM está a enfrentar uma fase “menos boa”, desde 2008, devido à redução, em cerca de 25,3 milhões de meticais, do nível de financiamento externo à instituição, actualmente estimado em 12 milhões de meticais.
A Finlândia e Espanha fazem parte do grupo de doadores que, nos últimos tempos, mais se têm destacado na redução do apoio àquela instituição estatal, lembrou o responsável do INAM, realçando que a situação é agravada pela crise financeira que assola a maioria dos países doadores.
Para inverter aquele cenário, Benessene disse que a sua instituição está a mobilizar 11,4 milhões de dólares norte-americanos para aplicar, no período 2013/2016, em acções de reabilitação de grande parte do equipamento que “agora se encontra em obsoleto devido à falta de trabalhos regulares de manutenção”.
Até 2000, Moçambique tinha um serviço de meteorologia de melhor qualidade, recordou Moisés Benessene, explicando ainda que a ausência de manutenção do equipamento da instituição deve-se aos elevados custos operacionais do processo.
A falta de manutenção, de radares e com várias estações meteorológias inoperacionais há cerca de 12 anos foi também confirmada por um estudo elaborado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM), divulgado em 2012.