As negociações emperradas com potenciais parceiros de coligação forçaram o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a buscar mais tempo para construir um novo governo e evitar possíveis eleições antecipadas, disseram as autoridades, esta Sexta-feira (1).
As fontes afirmaram que Netanyahu encontraria o presidente Shimon Peres, Sábado, para pedir uma extensão de duas semanas no prazo, depois do seu partido de direita, que teve uma vitória apertada nas eleições de 22 de Janeiro, esgotar as quatro semanas previstas para se formar uma coligação.
Peres deve aceitar o pedido de Netanyahu. Entretanto, caso o primeiro-ministro não consiga aliados suficientes para uma maioria parlamentar até 16 de Março, o presidente teria que dar a tarefa de formar o governo a um líder de um partido rival.
Se nenhum governo emergisse então, os israelitas teriam de voltar às urnas. O grupo Likud-Beitenu, de Netanyahu, venceu 31 dos 120 assentos do Knesset na votação de Janeiro – uma liderança pequena que exigiu que ele lançasse uma rede maior em busca de aliados, enquanto tenta equilibrar as suas diferentes exigências.
Ele encarou dura resistência dos partidos que ficaram em segundo e quarto lugares, o Yesh Atid e o Bayit Yehudi, que exigem que Israel diminua as isenções do recrutamento para o serviço militar e ajuda financeira de bem-estar que fornece para os judeus ultra-ortodoxos.
David Shimron, o negociador do Likud-Beitenu, disse antes de se reunir com o Bayit Yehudi, esta Sexta-feira, que o Yesh Atid estava “a descartar” fazer uma coligação com os ultra-ortodoxos. O Yesh Atid não contestou esta possibilidade.
“Devemos esclarecer isto e outras questões com o Bayit Yehudi”, disse Shimron aos repórteres. “No final do dia, temos que formar um governo, e não aceitamos a invalidação de um sector que é parte do povo israelita.”