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Governo considera “revoltante” e absolutamente inaceitável” assassinato de moçambicano pela polícia sul-africana

O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi , reagiu com muita preocupação ao assassinato de um taxista moçambicano, perpetrado, Quinta-feira (28), em Daveyton, próximo de Joanesburgo, pela Polícia sul-africana.

Baloi considera o acto de “chocante”, “revoltante” e absolutamente inaceitável”. Trata-se de um caso durante o qual agentes das forças de segurança sul-africanas detiveram um taxista de nacionalidade moçambicana, identificado por Mido Macia, tendo-o arrastado preso à parte de traseira de uma carrinha, o que causou a sua morte.

Segundo a imprensa local, os agentes terão agredido o taxista, de 27 anos, acusando-o de estacionamento irregular, em Daveyton, próximo de Joanesburgo.

De seguida, os agentes ataram-no à parte traseira da carrinha da polícia, e arrastaram-no com a viatura em marcha. Falando a jornalistas, a margem da 15ª sessão da Comissão Mista Permanente Moçambique – Zâmbia, que hoje terminou em Maputo, Baloi disse ter obtido informações sobre a ocorrência a partir de diferentes fontes, incluindo da embaixada moçambicana na África do Sul.

“A nossa reacção é categoricamente de revolta. Por maior que fosse a infracção não justifica esse assassinato”, afirmou o chefe da diplomacia moçambicana, questionando as razões e a necessidade de tal prática, porque, segundo ele, não é a primeira vez que moçambicanos na África do Sul são tratados com extrema violência.

Baloi disse esperar que as autoridades sul-africanas tomem medidas adequadas e exemplares para desencorajar a ocorrência de casos do género.

“Aliás, a nossa preocupação no que se refere aos moçambicanos na África do sul tem a ver com a extrema violência com eles tem sido tratados quando cometem crimes. Isto aconteceu agora, foi um caso excepcional, admitamos, mas também temos tido conhecimento de que, os caçadores furtivos normalmente são mortos”, lamentou Baloi, para quem, no caso dos caçadores furtivos, o mais sensato seria desarmar, prender e julgar.

O incidente de hoje foi filmado por uma das pessoas que assistia à cena, sendo que as imagens já estão a correr o mundo. O embaixador moçambicano na África do Sul, Fernando Fazenda, também já reagiu, manifestando-se “horrorizado” com as imagens que mostram o taxista moçambicano a ser arrastado numa distância de cerca de 400 metros numa estrada asfaltada.

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