Alguns auxiliares administrativos do sector da Educação na província de Nampula ameaçam observar uma greve, a partir da próxima segunda-feira (04), para alegadamente exigir o pagamento de seis meses de salário em atraso.
O grupo que ameaça recorrer a essa via não pertence ao quadro de pessoal da Educação em Nampula por ter sido afastado em Junho do ano passado para regularizar processos para efeitos de contratação. Tinha um prazo de até 31 Dezembro de 2012 para tratar da documentação necessária e nem todo conseguiu devido à falta de dinheiro.
O seu porta-voz disse que foram marcadas várias audiências com o Governo Provincial e com a Direcção da Educação, mas até hoje ainda não há uma resposta satisfatória sobre o assunto.
Neste contexto, os salários que os auxiliares administrativos exigem são referentes ao tempo em que ficaram sem trabalhar enquanto regularizavam os seus contratos. Eles entraram para a Educação em 2002 e ficaram muito tempo sem um vínculo contratual legal com o Estado.
O director-adjunto da Direcção Provincial da Educação e Cultura em Nampula, José Chichava, explicou que a suspensão do pagamento de salários àqueles funcionários, por um período de seis meses, deveu-se ao facto de o governo local não ter verbas suficientes para custear as despesas de trabalhadores que não estavam no activo por se encontrarem a regularizar documentos.
“Dispensarmos os auxiliares administrativos por seis meses de modo a permitir que tratassem os documentos necessários para ingressarem no aparelho do Estado sem constrangimentos. Ficamos sem entender as suas razões quando aparecem a exigir salários porque foi uma decisão consensual”, vincou Chichava.