O atletismo na província de Nampula, Norte de Moçambique, vai de mal a pior, quer em termos de massificação pelos clubes, quer na organização da respectiva associação. A modalidade está adormecida e carece de alguém que possa resgatá-la.
Por exemplo, neste momento apenas há um clube e um núcleo, nomeadamente o Ferroviário de Nampula e a Universidade Lurio, como únicas entidades que movimentam um número de atletas que não chega a 30, numa província que há dez anos contava com mais de cem praticantes em todos os escalões. Já houve também momentos de glórias nas competições internas e fora de portas.
A sede da Associação Provincial de Atletismo em Nampula funciona na residência do actual presidente, João Eusébio, que dirige o organismo há mais de cinco mandatos.
Finalmente, depois de vários boicotes de eleições, em Outubro do ano passado, João Benda, presidente de mesa da Assembleia-Geral, disse que estão criadas as condições para este sábado (16) serem eleitos novos membros directivos para os próximos quatro anos.
Neste contexto, os amantes do atletismo nesta parcela do país querem que os candidatos tenham planos concretos para tirar a modalidade do esquecimento e da letargia.
Dados em poder do @Verdade indicam que até as primeiras horas desta quinta-feira (14) havia apenas uma candidatura, por sinal, do actual presidente da modalidade, João Eusébio. Este ainda mostra disponibilidade para se manter nos destinos da modalidade, mas no regulamento já não lhe permiti concorrer para tal cargo.
Falume Falume, outro candidato para a presidência da Associação Provincial de Atletismo em Nampula, disse-nos que reconhece os problemas com que a modalidade se debate e os desafios impostos. Entretanto, existem alguns empresários locais que se comprometeram a dar o seu apoio.
A nossa fonte referiu, também, que há necessidade de se recrutar cronometristas, uma vez que dos que existem, a maioria são técnicos dos únicos clubes que movimentam o atletismo e influenciavam na falsificação de resultados.