O distrito de Mogincual, na província de Nampula, Norte de Moçambique, debate-se com um défice de mais de 100 professores. Todavia, o governo distrital diz que não tem dinheiro para contratá-los.
Actualmente, o distrito tem 415 docentes efectivos distribuídos em 806 escolas nos diferentes postos administrativos e localidades. Desses estabelecimentos de ensino, três são secundarias, 79 leccionam a primária completa e as restantes 724 são primárias.
Para cobrir as necessidades pedagógicas, o distrito precisa contratar de mais de uma centena, segundo o director dos Serviços Distritais da Educação, Juventude e Tecnologia de Mogincual, Mário Paciano.
Para minimizar a falta, foram seleccionados, este ano, 140 docentes que para trabalhar num sistema de turnos e meio. Deste número, 28 são do ensino secundário.
“Nós seleccionamos os professores mais dedicados, que tiveram bom aproveitamento pedagógico e os que vivem próximos das escolas uma vez que existem alguns que devem dar as aulas no período da manha e da tarde. Isto é para evitar atrasos”, vincou Paciano.
Para além da falta de dinheiro para a contratação de novos pedagogos, o outro problema que inquieta o sector da Educação em Mogincual é o casamento prematuro. Há uma campanha que é levada a cabo pelos líderes comunitários e pela rede distrital do conselho das escolas para desencorajar o fenómeno.