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Hospitais da cidade de Nampula sem medicamentos contra a malária

Várias unidades sanitárias da cidade de Nampula, província com o mesmo nome, Norte de Moçambique, não têm anti-maláricos desde a última segunda-feira, facto que já preocupa os doentes. O problema é gritante para os doentes cuja condição financeira não permite que recorreram às farmácias privadas, onde os anti-maláricos e outros fármacos são vendidos a preços proibitivos.

O @Verdade visitou três farmácias e apurou que o preço de uma carteira do Coartem, um medicamento usado para o tratamento da malária, custa 120 a 300 meticais, contra 30 a 50 meticais praticados no mercado negro.

A ruptura de stock deste tipo de medicamento acontece numa altura em que o número de doentes está a aumentar. Em quase todas as unidades sanitárias é notória a presença de inúmeros doentes queixando-se de sintomas de malária. Nos centros de saúde 1º de Maio, 25 de Setembro e no Posto de Saúde de Namicopo, por exemplo, as filas de pessoas que procuram pelo tramaneto são enormes.

Alguns funcionários das farmácias privadas em Nampula justificam dos elevados preços de anti-maláricos com alegados elevados custos de importação dos mesmos. Segundo avançaram, Portugal e Índia são os principais mercados que fornecem ao país.

O director de saúde na Cidade de Nampula, Leonel Namuquita, desdramatiza a situação e considera que não há motivos de alarme. Nas suas palavras, trata-se de uma crise que poder estar relacionada com alguma lacuna na gestão de fármacos por parte dos responsáveis dos estabelecimentos hospitalares.

“Os anti-maláricos são disponibilizados através do depósito provincial localizado nesta cidade (Nampula). Em caso de aumento do número de doentes as direcções das unidades sanitárias devem ter planos concretos e requisitar quantidades significativas que possam suportar a semana toda”, justificou Namuquita, para quem alguns gestores dos hospitais se preocuparem em garantir os stocks de medicamentos depois de esgotar tudo o que tinham nos seus armazéns.

Num outro desenvolvimento, o director referiu que há funcionários que roubam medicamentos nas unidades sanitárias para vender no mercado negro.

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