Alguns funcionários das secretarias das escolas secundárias de Nampaco e Marcelino dos Santos, na província de Nampula, Norte de Moçambique, estão cobrar, ilicitamente, dinheiro aos pais e encarregados de educação que pretendem matricular os seus educandos naqueles estabelecimentos de ensino público, contaram ao @Verdade as próprias vítimas.
Nessas escolas, o valor de matrícula varia de 160 a 215 meticais. Entretanto, segundo os queixosos, os funcionários afectos ao processo quando recebem uma nota de 200 ou 500 meticais, por exemplo, não devolvem os trocos. Há ainda aqueles que descaradamente exigem que um certo pai ou aluno lhes pague um refresco alegadamente para agilizar a inscrição.
Eugénio Dias foi uma das vítimas das alegadas cobranças, que se realmente acontecem sugerem tratar-se de um acto de corrupção que carece de punição.
De acordo com ele, quando ia matricular os seus três filhos, na 8ª a 10ª classes, devia ter pago 160 a 195 meticais respectivamente. Entregou um valor acima 500 meticais e os trocos ficaram no bolso de alguém da secretária.
Na Escola Secundária de Nampaco, um aluno que acabava de regularizar a sua matrícula e que não quis ser identificado, disse que lhe pediram 200 meticais para facilitar o processo. Entregou 500 meticais, dos quais devia ter sido taxado 215 meticais, mas não recebeu troco.
A nossa Reportagem presenciou o processo de matrícula de um estudante que foi transferido de uma escola primária no distrito de Mecanhelas, província de Niassa. Uma funcionária da Escola Secundária Marcelino dos Santos disse-lhes:
“foi transferido de Niassa, se quiser estar matriculado nesta escola depende das condições do seu bolso”, afirmou e de seguida questionou quanto é que o estudante tinha para matricular-se.