A Universidade Moça-Il-Bique localizada na cidade de Nampula, província do mesmo nome, funciona há cinco anos sem reitor nomeado, acusa José Monteiro deputado da Renamo União Eleitoral (RUE).
Segundo Monteiro, falando semana passada na Assembleia da República na Sessão Ordinária dedicada à perguntas ao governo, feitas pelas Bancadas parlamentares da Frelimo e da Remamo, referiu que aquela universidade nunca declarou o seu reitor por razões políticas, ligadas à aquilo que considerou de comportamento dos dirigentes do Governo liderado pela Frelimo que insistem em concentrar o controlo de todas instituíções do ensino superior sob a sua alçada, através de nomeações dos seus membros.
Outro aspecto denunciado por aquele parlamentar da Renamo pelo círculo eleitoral da Renamo em Nampula está supostamente relacionado com o facto daquela instituição de nível superior estar desde a sua fundação a funcionar numa pensão, situação que de acordo com Monteiro, não contribui para o boa formação dos estudantes alí matriculados.
Por seu turno Madalena Francisco, igualmente deputada da Renamo, atacou o Governo moçambicano, dizendo que o trabalho que está a fazer por quase todas as instituições públicas de ensino tem sido de péssima qualidade, tendo apontado aquilo que chamou de fraca qualidade das obras escolares, falta de carteiras, superlotação das salas de aulas, funcionamento das escolas do ensino técnico médio e ensino superior sem laboratórios e bibliotecas, facto que resulta da formação de técnicos sem o mínimo de conhecimento para desenvolver o país por não estarem preparados para integrar o mercado do trabalho.
Francisco disse também que o grosso dos professores que lecionam nas escolas moçambicanas, não têm formação psico-pedagógica e que o organismo de tutela, no entanto a Organização Nacional dos Professores (ONP), não é autónoma nem independente, facto que a torna impotente e inútil no que concerne a melhoria da qualidade dos professores contratados.
Finalizando aquela deputada do maior partido da oposição repudiou o que chama de discurso enganador da Frelimo, nos seguintes termos “parem de enganar o povo dizendo que as escolas são da Frelimo porque as instituições públicas são do Estado e o governo é apenas o implementador dos programas para satisfação das necessidades do povo, usando os fundos do Estado.