A Reserva Nacional de Gilé, na província da Zambézia, Norte de Moçambique, e uma zona periférica habitada por mais de 100.000 pessoas, irão beneficiar de um apoio de dois milhões de euros disponibilizados pelo Fundo Francês do Ambiente Mundial (FFEM), no âmbito de um acordo rubricado pelos governos moçambicanos e francês.
Aquela reserva ocupa uma superfície total de 210.000 hectares. Segundo um comunicado enviado ao @Verdade, dispõe de uma biodiversidade excepcional e é uma das últimas zonas selvagens que, apesar de ameaçada pela pressão crescente exercida sobre os seus recursos, subsiste na região.
Neste contexto, a subvenção dada pela Agência Francesa de Desenvolvimento em Moçambique, visa desenvolver um projecto de luta contra a desflorestação e a degradação da floresta de miombo na reserva e sua periferia.
Este novo apoio integra-se no quadro da cooperação estratégica entre a França e Moçambique, que focalizam dois principais sectores de intervenção: meio ambiente e infra-estruturas.
O acordo que chancela o projecto foi assunado pelo ministro das Finanças, Manuel Chang, pelo Embaixador da França em Moçambique, Serge Segura, e pelo director da Agência Francesa de Desenvolvimento em Moçambique, Dimitri Kanounnikoff. Financia actividades de gestão e de proteção da reserva, de desenvolvimento local na sua periferia e de créditos carbono REDD+.
Refira-se que em Junho de 2007, o Ministério do Turismo (MITUR) assinou um protocolo delegando a co-gestão da reserva com a Fundação Internacional para a Gestão da Fauna (IGF). Esta será também responsável pela implementação das actividades financiadas pelo Fundo Francês do Ambiente Mundial no quadro deste novo acordo.
