As zonas urbanas moçambicanas só poderão estar cobertas de água potável em 70% a partir de 2014, segundo o ministro das Finanças, Manuel Chang, que em representação do Governo assinou, esta sexta-feira (28), em Maputo, com a Holanda, um acordo de financiamento no valor de 23 milhões de euros, para a expansão do fornecimento do precioso líquido na zona metropolitana de Maputo.
O montante doado pela Holanda, através do Fundo Holandês para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (ORIO), visa, em parte, acelerar o fornecimento de água potável no âmbito das metas do Desenvolvimento do Milénio cujo cumprimento está previsto para 2015.À luz do acordo rubricado entre os governos de Moçambique e da Holanda, o projecto de fornecimento do preciso líquido será executado em duas fases: a primeira consiste na realização de estudos e preparação de obras. Está orçada em 2.2 milhões de euros. A segunda, orçada em 20.8 milhões de euros, é da execução das obras propriamente ditas.
Manuel Chang disse que Moçambique precisa de 146 milhões de euros para expandir as infra-estruturas de abastecimento de água para Maputo, Matola e arredores e distrito de Boane.
Neste momento, a água consumida é captada no Rio Umbeluzi, que já não responde à demanda devido ao crescimento da população. Como alternativa foi identificada a barragem de Corumana.
O Governo está a mobilizar outros parceiros de cooperação no sentido de conseguir financiamento para a materialização do projecto de captação de água na fonte identificada, disse Chang.
Por sua vez, a embaixadora da Holanda, Frédérique de Man, disse que para além do dinheiro dado pelo seu país, irá oferecer apoio na capacitação institucional. Pretende desenvolver parcerias público-privadas com Moçambique no contexto dos programas holandeses de cooperação.
Refira-se que a Holanda é um parceiro do Governo em outras áreas, tais como agricultura, saúde e educação.