O sector empresarial moçambicano beneficiou, em 2011, com o correspondente a 1,9 bilião de dólares norte-americanos em investimento directo externo com o potencial de criar 30 mil novos postos de trabalho.
O valor está a ser aplicado por investidores moçambicanos em pequenas e médias empresas dos sectores de prestação de serviços e de manufactura prestadoras de serviços de apoio aos megaprojectos do sector de carvão mineral activos na província central de Tete.
O investimento possibilitou a criação de 285 novos projectos, dos quais 13 na zona Económica Exclusiva de Nacala, representando estes últimos um investimento estimado em cerca de 400 milhões de dólares norte-americanos, segundo o Ministério do Plano e Desenvolvimento.
Cimento
Entretanto, um forte investimento no sector de cimento vai triplicar até 2013 a produção deste produto e o mesmo está a ser aplicado por quatro empresas chinesas, nomeadamente, África Great Wall Cement Manufacturer, China International Fund, GS Cimento e Bill Wood e uma da África do Sul, denominada Pretoria Portland Cement.
Estas companhias estão a entrar no mercado moçambicano com um investimento global de 450 milhões de dólares, segundo a mesma fonte.
Agricultura
Enquanto isso, um novo plano-director para o sector do caju acabado de ser aprovado pelo Ministério da Agricultura preconiza o desenvolvimento de acções para o aumento da produção da castanha de caju em 80%, a partir de 2013, para 112.800 toneladas deste produto tradicional de exportação e de aumento de renda dos camponeses.
O sector agrícola representou em 2011 cerca de 30,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e até finais do presente ano de 2012 deverá crescer em cerca de 9,9%, contra o incremento dos índices de produção de cana de açúcar de 23,4%, de 12,5% e 13,8% para o trigo e arroz, respectivamente.
Este aumento de produção do trigo e arroz não irá cobrir na totalidade as necessidades do país por aqueles cereais, reconhece o Ministério da Agricultura.