A greve do Sindicato Nacional dos Enfermeiros e Pessoal Paramédico do Burundi (SYNAPA) entrou, Terça-feira (18), na sua terceira semana e os grevistas ameaçam a endurecer o seu movimento se as suas reivindicações salariais e para melhores condições de trabalho não forem satisfeitas.
O conflito social entre o Estado e o poderoso sindicato dura desde 2009, data da assinatura dum acordo nado morto, enquanto ele devia culminar na revitalização financeira do estatuto dos pessoais da Saúde pública, deploram os grevistas.
A nova greve está a bater todos os recordes de duração no sector sensível da Saúde Pública e numerosos são os burundeses que começam a recear seriamente pela vida dos doentes.
Os representantes dos grevistas e o segundo Vice-Presidente burundês encarregado das Questões Socioeconómicos, Gervais Rufyikiri, deveriam encontrar uma saída para a crise, Segunda-feira.
Mas, logo após a reunião, o representante do sindicato, Mélance Hakizimana, anunciou a recondução do movimento de greve para uma duração que , segundo ele, será determinada por uma resposta – mais satisfatória – às reivindicações corporativas.
O líder sindical deixou pairar uma ameaça sobre o serviço mínimo nos serviços de saúde que os grevistas observaram até ao presente e advertiu que as intimidações e as ameaças de despedimentos colectivos não são a solução.