Quatro sul-africanos brancos foram indiciados pelo crime de traição, nesta terça-feira, por um suposto plano de explodir uma bomba na reunião magna do partido governista, o Congresso Nacional Africano (ANC), e executar o presidente Jacob Zuma e outros políticos do primeiro escalão do governo.
Os quatros, identificados como Mark Trollip, John Martin Keevy, Johan Hendrick Prinsloo e Hein Boonzaaier, foram levados a um tribunal da cidade de Bloemfontein, na região central do país, cercado por guardas armados com fuzis.
O promotor público Shaun Abrahams disse que os homens queriam estabelecer uma nação independente e que estavam planeiando atacar o grande encontro do ANC que acontece na cidade esta semana. O plano incluía explodir uma bomba em uma tenda onde estariam reunidos delegados do ANC, antes de uma tentativa de executar Zuma e ministros do governo durante um jantar, disse Abrahams à corte.
Zuma e os ministros seriam mortos “ao estilo de execução”, acrescentou. A intenção do grupo, que estava tentando comprar fuzis AK-47, era “eliminar diretamente a liderança desse país”, de acordo com Abrahams.
A imensa maioria dos sul-africanos brancos aceitou a vitória do ANC na eleição geral de 1994 que levou Nelson Mandela ao poder e encerrou décadas do regime de minoria branca. No entanto, uma pequena minoria continua contra a ascensão da maioria negra ao poder na principal economia de África.