O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, tentou neste domingo dissipar preocupações de agências de classificação de risco e de investidores sobre o crescimento lento do país e insistiu que a nação não está “a cair aos pedaços”. Zuma dirigia-se a mais de 4 mil delegados do ANC reunidos no congresso do partido a decorrer em Bloemfontein no centro do país e durante o qual será escolhida a liderança do partido para os próximos 5 anos.
O líder sul-africano defendeu com veemência o seu muito criticado mandato dizendo que depois de garantir a sua segurança a África do Sul estava agora empenhada em conseguir “liberdade socioeconómica significativa”.
A liderança de Zuma tem sido marcada por uma série de escândalos e tem sido alvo de duras críticas acerca do modo como tem lidado com as questões económicas. Muitos milhões de sul-africanos negros permanecem na pobreza 18 anos depois da chegada do ANC ao poder.
O vice-presidente Kgalema Motlanthe é o principal adversário de Zuma no controlo do partido. Quem conseguir a liderança do ANC será certamente o próximo presidente da África do Sul visto que aquele partido continua a deter a maioria absoluta.
A África do Sul tem visto o seu crédito desclassificado pelas agências internacionais de notação financeira devido à elevada taxa de desemprego e por causa da taxa de crescimento mais baixa dos últimos 3 anos.
O sector mineiro de importância vital para o país tem entretanto registado confrontos laborais violentos incluindo a morte de 34 mineiros pela polícia em Agosto passado.