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Crise se agrava no Egito e Exército tenta forjar unidade nacional

O chefe das Forças Armadas egípcias convocou um diálogo de unidade nacional para tentar conter a crise política no país, após o FMI adiar a concessão de um empréstimo e milhares de manifestantes pró e contra o governo tomarem as ruas.

A reunião, marcada para a tarde de quarta-feira, foi convocada em resposta a uma série de turbulências desde 22 de novembro, quando o presidente Mohamed Mursi baixou um decreto ampliando seus próprios poderes.

A crise agravou-se neste mês, com a convocação de um referendo sobre uma nova Constituição, redigida por uma assembleia de viés islâmico. “Não vamos falar de política nem do referendo. Amanhã vamos nos sentar juntos como egípcios”, disse o comandante militar e ministro da Defesa, Abdel Fattah al Sisi, durante um encontro de oficiais militares e policiais.

Um assessor de Mursi disse que o presidente apoiou a convocação do diálogo. A Irmandade Muçulmana, influente grupo político que apoia o presidente, disse que estará lá, ao passo que a principal coligação oposicionista anunciou que decidirá isso na manhã de quarta-feira.

Antes disso, o ministro das Finanças anunciou que um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional será adiado até o mês que vem. Mumtaz al Said disse que o objetivo da demora é dar mais tempo para que o governo explique à população as medidas de austeridade exigidas como contrapartida.

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