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Atentado suicida mata mais de 50 pessoas em mesquita do Paquistão

Mais de 50 pessoas morreram em um atentado suicida durante as tradicionais orações de sexta-feira em uma mesquita no noroeste do Paquistão, horas antes da divulgação da nova estratégia dos Estados Unidos para erradicar a Al-Qaeda do Afeganistão e do Paquistão.

Um terrorista suicida acionou a carga explosiva que levava consigo na hora da oração em uma mesquita de Khamrud, cidade da zona tribal de Khyber, uma das regiões da fronteira com o Afeganistão.

“Mais de 50 pessoas foram mortas e mais de cem ficaram feridas. Vinte e cinco feridos estão em estado crítico”, declarou a um jornalista da AFP Fida Mohammad Bangash, um alto funcionário do governo local.

“Todo o edifício desabou”, afirmou uma autoridade de segurança. Este é o atentado mais violento praticado no Paquistão depois do que destruiu o hotel Marriott de Islamabad no dia 20 de setembro de 2008, deixando 60 mortos.

O distrito de Khyber, situado entre a cidade de Peshawar e a fronteira com o Afeganistão, é uma das áreas tribais que servem de base para os talibãs e para os combatentes da rede Al-Qaeda. A insurreição de grupos islâmicos é mais forte nessa região estratégica pela qual passam os comboios de abastecimento das tropas da Otan no Afeganistão, frequentemente atacados pelos rebeldes.

As áreas tribais paquistanesas servem aos islamitas como retaguarda para que efetuem ataques contra as forças estrangeiras do Afeganistão. Foi atribuída a estes grupos uma onda de atentados, em sua maioria suicidas, que deixaram mais de 1.600 mortos em todo o Paquistão desde que o Exército paquistanês invadiu em julho de 2007 a Mesquita Vermelha, uma das bases dos islamitas em Islamabad.

O presidente Asif Ali Zardari e o primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani “condenaram firmemente” este atentado e prometeram que seus autores serão levados à justiça. A nova estratégia norte-americana prevê o envio para o Afeganistão de 4.000 soldados adicionais para treinar as forças de segurança afegãs -além do reforço de 17.000 soldados que já havia sido anunciado- e de centenas de civis e especialistas em projetos de desenvolvimento.

O plano incluirá também o Paquistão, considerado indissociável da questão afegã, dando a este país maior auxílio na luta contra o extremismo islâmico, que não para de ganhar terreno.

O atentado contra o hotel Marriott, um dos mais violentos da história do país, nunca foi reivindicado, mas as autoridades paquistanesas o atribuíram à Al-Qaeda.

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