O presidente francês, Nicolas Sarkozy, no primeiro dia de sua viagem relâmpago pela África, esclareceu nesta quinta-feira em Kinshasa sua polêmica iniciativa de paz para a República Democrática do Congo (RDC) e, depois, defendeu em Brazzaville “a renovação” das relações franco-africanas.
No Parlamento de Kinshasa, Sarkozy se dedicou a dissipar os mal-entendidos causados na RDC por sua proposta, há dois meses, sugerindo que a RDC e Ruanda compartilhem as riquezas minerais da região fronteiriça para acabar com a guerra que arrasa a província de Kivu.
Em seu discurso, Sarkozy destacou “a valente decisão” do presidente Joseph Kabila de ter convidado Ruanda para a operação militar conjunta lançada em janeiro para limpar o leste de seu país das rebeliões, em particular, a dos hutus ruandeses.
Após homenagear a RDC como um “gigante” africano, Sarkozy ressaltou que “a vocação do Congo não é ser o elo fraco da África Central” e denunciou “o desperdício” de um país que tem a fortuna “ao alcance da mão”, mas que continua sendo “pobre”.