O Fundo Monetário Internacional chegou nesta quinta-feira a um acordo com a Sérvia para a concessão de um empréstimo de 4 bilhões de dólares para ajudar o país a enfrentar a crise, mas, em contrapartida, o governo de Belgrado deverá pôr em prática medidas de austeridade.
“O acordo com Belgrado prevê um empréstimo de aproximadamente 3 bilhões de euros (4 bilhões de dólares) num período de 27 meses, até meados de abril de 2011”, informou o FMI em comunicado; ainda deve ser aprovado pela direção do Fundo, e substituirá uma linha de crédito de 530 milhões de dólares (400 milhões de euros) que acertaram no final do ano passado os negociadores do FMI e os dirigentes sérvios.
Os negociadores do FMI foram a Belgrado para definir as modalidades do novo empréstimo. As autoridades sérvias haviam expressado o desejo de conseguir um novo acordo com o FMI devido à deterioração econômica do país, marcado por uma redução forte do crescimento e uma queda das receitas do Estado.
“Nas próximas semanas, o governo sérvio deverá tomar uma série de medidas, incluída uma revisão orçamentária” e adotar as propostas legislativas que se impõem, declarou à imprensa o chefe da missão do Fundo, Albert Jaegger.
“Se estas condições forem cumpridas de forma satisfatória, o acordo (standby arrangement) poderá ser submetido” à direção do Fundo, talvez no começo de maio, mas a data exata dependerá” das medidas tomadas anteriormente por Belgrado, arescentou.
As duas partes admitiram que a Sérvia terá crescimento negativo em 2009. Albert Jaeger mencionou uma contração de 2% do PIB “com perspectivas limitadas de restabelecimento no ano que vem”.
Cinco países da Europa Central e do Leste pediram ajuda ao FMI para enfrentar a crise: além da Sérvia, estão neste caso Hungria, Letônia, Romênia e Ucrânia.