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Kanhaka queixa-se de divisionismo e falta de oportunidades de emprego

Residentes do distrito municipal Kanhaka, queixaram-se, Segunda-feira (29), à Primeira-dama, Maria da Luz Guebuza, da falta de oportunidades de emprego e persistência de divisionismo baseada no tribalismo naquela parcela do país.

Os populares que falaram no comício dirigido por Maria da luz Guebuza no âmbito da visita de trabalho que realiza desde Segunda-feira à cidade de Maputo, disseram que o “Fundo dos Sete Milhões” não é atribuído a qualquer um por causa da discriminação.

“Há descriminação na atribuição deste dinheiro e se alguém consegue dão muito pouco que não chega para a realização do projecto proposto porque boa parte desse valor vai para pagar custos de compra e transporte do material de construção”, disse Arlindo Nhaca.

Na ocasião, Arlindo Samuge, outro residente, pediu a Primeira-dama para pressionar o Governo a diversificar as oportunidades de emprego tendo em conta que neste momento os ilhéus vivem apenas da actividade pesqueira, cujos rendimentos deixam muito a desejar devido as mudanças climáticas.

“Eu por exemplo sou o único mineiro residente que trabalha na África do Sul, enquanto que nas restantes províncias há vários. Aqui neste distrito não aparece ninguém a recrutar pessoas para as minas e os residentes só têm um única actividade que é a pesca”, queixou-se Samuge.

Nelson Adriano, por seu turno, disse não ser fácil desenvolver actividades na ilha por ser considerada reserva facto que dificulta a atribuição de espaços para a realização de outros projectos para a geração de rendimentos.

Em resposta, Maria da Luz Guebuza, apelou aos residentes para se livrarem do tribalismo “porque todos somos moçambicanos e todos têm que lutar pelo desenvolvimento do seu Moçambique”.

“O moçambicano está livre de trabalhar em qualquer parte do território nacional sem nenhum tipo de discriminação. Temos que nos ver todos como moçambicanos. Não podemos atiçar o tribalismo e a divisão no nosso seio”, frisou.

No encontro, Maria da Luz Guebuza, insistiu na necessidade de os pais mandarem os filhos para a escola e fazerem o devido acompanhamento porque as crianças são o futuro do país.

“Temos que acabar com o hábito de pagar aos professores para as crianças passarem de classe e, para isso, temos que fazer o acompanhamento para sabermos quais são as dificuldades para não termos a surpresa de ver o nosso filho reprovar”, explicou.

Maria da Luz Guebuza, aconselhou os adultos a frequentarem as aulas de alfabetização, destacando que Moçambique regista elevadas taxas de analfabetismo.

Moçambique possui vários recursos naturais que precisam de ser explorados, mas carece de quadros preparados para o efeito.

Por isso, disse a Primeira-dama “se não nos preocuparmos em formar os nossos filhos teremos que trazer estrangeiros para trabalharem no nosso lugar”.

Maria da Luz Guebuza também exortou os residentes a não ficarem de braços cruzados e a usarem o Fundo dos Sete Milhões para a produção de comida e criação de postos de trabalho, assumindo desta forma o combate a pobreza como sua responsabilidade.

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