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Ministério da Educação vai rever apoio aos bolseiros

O Ministério da Educação está a rever todo o sistema de apoio aos estudastes bolseiros moçambicanos que se encontram a frequentar diferentes cursos de licenciatura e mestrado dentro e fora do país, de modo a ver a pertinência de um eventual incremento financeiro de que precisam para a sua formação.

O director-geral do Instituto de Bolsas, Octávio de Jesus, disse, Segunda-feira (22), na abertura do Conselho Nacional de Bolsas de Estudo, que pesou para esta medida as reclamações que vêm sendo levantadas pelos bolseiros, da exiguidade de recursos, sobretudo financeiros, para suportar algumas despesas relacionadas com a formação.

Recentemente, a Rússia, a Argélia e o Sudão foram os países onde parte dos 2760 estudantes bolseiros que Moçambique possui neste momento dentro e fora de portas, manifestaram-se exigindo o aumento do valor da bolsa.

Segundo o “Notícias”, Octávio de Jesus sublinhou que do cadastro que se está a fazer em todos os países onde existem cidadãos moçambicanos a estudar, foi possível apurar um efectivo de 1600 estudantes, sendo que 700 são bolseiros.

No entanto, ele queixa-se do facto de alguns moçambicanos estarem a mostrar relutância em aderir ao recenseamento por julgarem que o mesmo não lhes vai fazer diferença, uma vez que estão a estudar fora do país por conta e risco próprios, daí que não vê necessidade de aderir ao processo.

“O recenseamento dos estudantes não significa controlo ou fazer desvio do que estão a fazer, mas sim conhecê-los, saber onde estão e o que estão a fazer, porque através desse conhecimento podemos desenhar programas de intervenção e de apoio, sobretudo consulares.

O exemplo evidente disso foi o caso do Sudão. Os estudantes estão lá mas não era do conhecimento do MINED porque não são nossos bolseiros ou melhor, não chegaram a ser cadastrados.

Mesmo não estando por conta do MINED, quando tiveram problemas fomos a tempo de os solucionar porque, em primeiro lugar, são cidadãos moçambicanos.

Portanto, o recenseamento visa conhecer, exactamente, quem são os moçambicanos que estão a estudar fora, que cursos estão a fazer, quando é que regressam e que contributo darão ao desenvolvimento do país assim que terminarem a formação e regressarem à pátria” – explicou.

De Jesus sublinhou que o MINED tem para o presente ano 170 milhões de meticais (o dólar EUA vale mais de 28 meticais) que estão a ser aplicados no atendimento dos bolseiros, valores que não só cobrem o pagamento de propinas das universidades, como também o transporte e outras necessidades durante os cinco anos de formação.

Contudo, o director-geral do IBE afirma que o orçamento ideal para o bom funcionamento da instituição seria de 200 milhões de meticais ano, para responder a todas as preocupações.

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