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Citrinos voltarão a ser produzidos em Manica

A província central moçambicana de Manica voltará a produzir citrinos, após anos de inactividade, resultante da substituição de pomares por tabaco, numa iniciativa para aumentar o rendimento da população, disse, esta semana, à Lusa fonte oficial.

O projecto, cuja fase piloto será executada no distrito de Báruè, prevê fomentar, através de pequenos agricultores associados, um milhão de mudas de laranjeiras e limoeiros, nos próximos cinco anos.

A iniciativa inclui a distribuição de 12 mil mudas de litcheiras aos agricultores de Inhazónia, Nhamuzarara e Munene.

“O Governo reforçou o incentivo para a fruticultura, sobretudo citrinos. Em coordenação com as autoridades de Agricultura vamos distribuir mudas aos pequenos agricultores que já estão a ser formados em sanidade vegetal e gestão de pomares”, disse à Lusa Piter Waziwei, presidente do subcomité da bacia de Inhazónia (Báruè).

A iniciativa pretende também garantir o abastecimento das indústrias de processamento de frutas, que o Governo de Manica tenciona instalar nos próximos anos.

“O sucesso deste programa vai reduzir queimadas descontroladas, porque com o rendimento das fruteiras haverá cuidado de preservar os pomares. Mas, também, vai aumentar a renda de muitas famílias e aliviar a pobreza”, previu Piter Waziwei.

Em declarações à Lusa, outro responsável pelo projecto, Fernando Michone, disse que para melhor gestão do mesmo um grupo de agricultores locais seguiu para uma troca de experiência no vizinho Zimbabwe, país com tradição na fruticultura nas regiões frias.

“Agora, estamos a treinar os agricultores sobre procedimentos de tratamento das machambas (hortas) e a preparação para se semear as mudas nos próximos dois meses. Também sobre a gestão de pomares, visto que nem todos vêm lidando com a área da fruticultura”, adiantou Michone.

Entretanto, Joaquim Zefanias, administrador distrital de Báruè, disse que as condições ecológicas do distrito oferecem um manancial para o sucesso do programa, que poderá tirar muitas famílias do marasmo, devido à pobreza.

Este ano, o distrito de Báruè vai fornecer 50 toneladas de litcheiras, produzidas por um único agricultor.

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