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MISA condena agressões a jornalistas na Beira

O (Misa- Moçambique) condena os actos de agressão física a jornalistas, bem como a obstrução ao seu trabalho protagonizado por simpatizantes da Renamo, na cidade da Beira, em Sofala, Centro de Moçambique, na passada Sexta-feira.

Num comunicado enviado a Redacção da AIM, o Misa-Moçambique considera estes actos de um verdadeiro atentado à liberdade de imprensa e ao direito do povo à informação.

Nesse contexto, aquele Instituto de Comunicação da Africa Austral, capitulo moçambicano, apela a todas as forças políticas do país a garantirem que os seus militantes respeitem e colaborem com a comunicação social no desempenho da sua missão de informar adequadamente os cidadãos.

No referido comunicado, o Misa- Moçambique refere que naquela Sexta-feira militantes da Renamo dirigiram-se, enfurecidos, contra um grupo de jornalistas representado vários órgãos de comunicação social, quer do sector público quer privados, tentando impedi-los de fazer a cobertura jornalística da devolução de bandeiras e outros símbolos daquele partido da oposição.

As agressões registaram-se no momento em que o recém-criado Movimento Democrático de Moçambique (MDM), liderado por Deviz Simango, edil da Beira, depositava, na Sede da Renamo, no Bairro da Munhava, os símbolos daquele partido, abandonados por seus dissidentes, que entretanto aderiram àquela nova força política.

Na altura, militantes da Renamo agrediram jornalistas que faziam a cobertura do acto, impedindo-os de registar as imagens do momento.

Num outro comunicado recebido pela Redacção da AIM, o MISAMoçambique diz que tem estado a seguir, com “grave” preocupação, a publicação de uma série de artigos de imprensa em que, “sem qualquer fundamento nem elevação”, vem sendo posto em causa o “bom nome” de magistrados judiciais e do Ministério Público, desvirtuando-se o verdadeiro sentido da liberdade de imprensa consagrada por lei.

Os referidos artigos estão a ser publicados pelo semanário “Zambeze”.

Segundo o Misa-Moçambique, o “Zambeze” procura demonstrar uma pretensa subordinação das magistraturas judiciais e do Ministério Público a interesses do Partido no poder, sem que para tal sejam apresentadas quaisquer provas substantivas.

O Misa-Moçambique explica que em três edições sucessivas o “Zambeze” tem vindo a arrolar nomes de juízes do Tribunal Supremo e de outros escalões, bem como de procuradores e advogados, atribuindo-lhes responsabilidade individual por decisões judiciais derivadas de políticas criminais e correspondente legislação do período monopartidário.

“Nesses textos, estes magistrados e as instituições que representam são descritos com qualificativos e títulos atentatórios à sua reputação, dignidade e auto-estima, sendo de forma directa ou indirecta pessoalmente responsabilizados por sentenças judiciais, incluindo penas de morte ou ainda a absolvição de supostos criminosos conhecidos”, salienta o documento.

O Misa-Moçambique diz tratar-se de textos sem origem em qualquer facto de justificado interesse público e, pela forma leviana em que são escritos e publicados, violam os princípios mais elementares de um jornalismo responsável, baseado na investigação e na verdade dos factos, bem como no equilíbrio das fontes.

Por essa razão, “o Misa- Moçambique exprime o seu veemente repúdio a este tipo de práticas na comunicação social moçambicana e apela ao director, editor e jornalistas do semanário “Zambeze” a porem cobro a esta campanha e a guiarem-se por uma postura de seriedade e dignidade, no respeito da ética e da deontologia profissionais”.

O MISA-Moçambique sublinha que esta comprometido com a defesa e promoção da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e do direito dos cidadãos a uma informação verdadeira.

Ainda, o Misa-Moçambique apela a todos os órgãos de comunicação social nacionais, aos editores e jornalistas em geral no sentido de tudo fazerem para uma maior credibilização e respeitabilidade da profissão, evitando fazer uso abusivo da liberdade de imprensa e aproveitamento oportunístico do prestígio moral da profissão na sociedade.

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