Agressores mataram 32 camponeses e queimaram mais de 150 casas na região costeira do Quénia, esta Segunda-feira (10), segundo a Cruz Vermelha, no mais recente ataque por vingança numa longa e deteriorada disputa entre comunidades por terra e água.
Cerca de 100 pessoas foram mortas nas últimas três semanas à medida que a violência entre as comunidades Pokomo e Orma cresce.
“Houve um novo ataque no delta do Tana, esta manhã. Por enquanto, nós verificamos que 32 pessoas morreram”, disse o chefe da Cruz Vermelha no Quénia, Abbas Gullet, à Reuters.
O novo caso de violência acontece depois de rebeliões letais em Mombasa, o principal porto do Quénia, depois do assassinato de um clérigo muçulmano radical.
Os dois eventos não estavam relacionados, mas expuseram profundas divisões sociais, políticas e sectária que podem levar a mais violência antes das eleições presidenciais, próximo ano.
Os esforços de autoridades do alto escalão do governo, dentre elas o primeiro-ministro Raila Odinga, que visitou a região depois de um dos recentes ataques, fracassaram em tentar dispersar as tensões.
A Cruz Vermelha disse que os mortos na Segunda-feira incluíam sete oficiais da polícia, 12 homens civis, oito crianças e cinco mulheres.