A França começou a ajudar os rebeldes sírios a administrarem as “zonas liberadas” sob o seu poder, e cogita também fornecer artilharia pesada para proteger essas regiões de ataques do governo, disse uma fonte diplomática, Quarta-feira (5).
Semana passada, o governo francês disse ter identificado áreas no norte, sul e leste do país que haviam escapado ao controle do presidente Bashar al-Assad, criando assim uma chance para as comunidades locais autogovernem-se.
“Nas zonas onde o regime perdeu o controle, como Tal Rifaat (40 quilómetros ao norte de Aleppo), que está livre há cinco meses, conselhos revolucionários locais foram estabelecidos para ajudar a população e instaurar uma administração para essas localidades, a fim de evitar o caos como no Iraque quando o regime se retira”, disse a fonte.
A França ofereceu, semana passada, 5 milhões de euros (6,25 milhões de dólares) adicionais para ajudar os sírios, e o diplomata disse que o dinheiro e a ajuda material começaram a ser entregues, Sexta-feira (31), a cinco autoridades locais em três províncias – Deir al Zor, Aleppo e Idlib.
Cerca de 700 mil pessoas vivem nessas áreas. Os civis nas zonas controladas por rebeldes sofrem frequentes bombardeios letais por parte das forças de Assad, e há dúvidas sobre como Paris poderia ajudar a proteger os civis e convencê-los de que não há necessidade de fugirem para países vizinhos.
A fonte admitiu que algumas áreas ainda enfrentam bombardeios esporádicos das forças sírias, mas que há pouca perspectiva de que voltem às mãos do governo. Ele afirmou que as pessoas nessas regiões pediram armas antiaéreas.
“É um assunto no qual estamos a trabalhar seriamente, mas que tem implicações sérias e complicadas. Não estamos a negligenciar.”