O líder da Iniciativa para o Ressurgimento do Movimento Abolicionista (IRA) na Mauritânia, Biram Ould Dah Ould Abeid, e seis codetidos beneficiaram de uma liberdade provisória Segunda-feira (3), pelo Tribunal de Nouakchott, anuncia a organização numa nota divulgada, Terça-feira (4).
Segundo a IRA, o seu presidente está doente e deve ser submetido ao controlo de saúde completo.
Recorde-se que estes militantes antiesclavagistas mauritanos estavam detidos desde o fim de Abril passado por “atentado aos valores do Islão”, na sequência de autos-da-fé praticados sobre os escritos das obras de eruditos do rito muçulmano malekita, acusando-os de fazer “a apologia da escravidão”.
A Mauritânia decidiu recentemente inscrever a criminalização da escravidão na sua Constituição, mas as Organizações não Governamentais antiesclavagistas continuam a denunciar “a persistência da prática” e “a cumplicidade de uma parte da classe política e da administração e da justiça”.