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Polícia alveja um e prende cinco supostos raptores

Um indivíduo foi alvejado mortalmente a tiro e outros cinco, dos quais duas mulheres, foram, Segunda-feira (3), apresentados pela Polícia moçambicana como sendo parte dos prováveis responsáveis pelos últimos casos de sequestros que ocorreram, na cidade de Maputo, a capital do pais.

Segundo Raul Freia, uma alta patente, do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), ao todo a quadrilha era composta por oito pessoas, uma alvejada mortalmente na última sexta-feira, no bairro Khongolote, Município vizinho da Matola, e outras duas que se encontram ainda em parte incerta.

O homem alvejado,segundo o jornal Notícias, respondia pelo nome de Orquílio Nhassengo, apontado pela Polícia como sendo o cabecilha da referida quadrilha.

Nhassengo e descrito pelas forças policiais como sendo um dos re- clusos que em Janeiro último se evadiu das celas do Comando da PRM, na cidade de Maputo.

Dos indivíduos apresentados destacam-se Félix Manhiça e Nelson Nhareluga, de 26 e 20 anos, respectivamente, indiciados como sendo os que tomavam conta das duas residências arrendadas no Khongolote para servirem de cativeiro.

Falando a jornalistas que visitaram os cativeiros, Félix Manhiça, irmão do cabecilha do grupo, negou o seu envolvimento em sequestros, aceitando estar detido porque naquela Sexta-feira foi visitar o irmão, Orquílio Nhassengo, horas antes de a Polícia invadir a sua residência.

Confirmou que tinha conhecimento de que o irmão era procurado pela Polícia por diferentes actos criminais, em parceria com seus dois ami- gos ora em parte incerta, mas negou o seu envolvimento em sequestros.

Acrescentou ainda que o irmão saía de casa todas as manhãs com quatro comparsas seus e sempre levavam uma sacola na qual acredita que eram escondidas as armas de fogo usadas nas incursões da quadrilha.

Por sua vez, Nelson Nhareluga confirmou as informações da Polícia e contou que tinha ido parar no lugar dos cativeiros solicitado por Orquílio Nhassengo para se ocupar da compra de produtos alimentares, de higiene e algumas peças de vestuário para os elementos da quadrilha e não só.

“No dia em que ele me ligou estava com mais dois amigos e um cidadão de raça branca e com o rosto coberto, mas não consegui identificá-lo porque isso não era permitido e a pessoa era isolada”, contou Nhareluga, acrescentando que a primeira vez, nesta missão, recebeu 4.500 meticais (o dólar norte-americano vale mais de 28 meticais) para ir comprar alimentos destinados ao sequestrado.

Afirmou também que por estas operações ganhava valores que varia- vam de mil a dois meticais, dependendo da quantidade de dinheiro que recebia para as compras. “Este trabalho durou mais de duas semanas até que o indivíduo raptado desa- pareceu”, acrescentou.

Raul Freia disse que esta quadrilha já era procurada pela Polícia e os seus membros foram detidos como resultado de investigações efectuadas para esclarecer os sequestros que nos últimos tempos agitaram a capital do país.

Não deu mais detalhes sobre as op- erações do grupo e nem confirmou se era a mesma quadrilha que terá sequestrado um dos proprietários da Casa das Loiças e de uma jovem de 17 anos, nos últimos tempos na capital, ambos libertados em circunstâncias ainda pouco claras e sem o envolvimento da Polícia.

Acrescentou que a Polícia ainda está a trabalhar para apurar o número de sequestros protagonizados por esta quadrilha, bem como esclarecer as dúvidas que persistem sobre os eventuais autores materiais deste tipo de crimes.

O jornal Notícias cita informações das autoridades policiais a darem conta de que com estas detenções sobe para 15 o número de indivíduos que recolheram às celas indiciados de envolvimento nos casos de sequestros.

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