O reinício da produção na maior refinaria de petróleo da Venezuela, que está fechada desde Sábado em consequência dum incêndio que matou 48 pessoas, pode levar mais dois ou três dias, disseram as autoridades, mas a data exacta ainda não foi estabelecida.
O ministro da Energia, Rafael Ramírez, disse, Quarta-feira (29), que o fogo na refinaria Amuay foi finalmente apagado e que os operários estão a prosseguir com os preparativos para retomar a produção.
O processo “gradual” pode possivelmente levar “dois ou três dias”, disse Ramírez em comentários transmitidos pela TV, apesar de as autoridades da refinaria terem dito à Reuters que o momento exacto para o reinício da operação não pode ser determinado enquanto partes do local ainda precisam de ser resfriadas.
“Enquanto os esforços de resfriamento continuam, não podemos saber uma data exacta”, disse um funcionário da estatal de petróleo PDVSA, que administra a refinaria com capacidade para 645.000 barris por dias.
Enquanto isso, as autoridades continuam a investigar as causas do despejo de gás que provocou a explosão. Além dos quase 50 mortos, a explosão ocorrida durante a madrugada destruiu centenas de casas nas redondezas.
O acidente foi o pior da indústria de petróleo no mundo nos últimos anos, aproximando-se dos 56 mortos em consequência dum incêndio na refinaria de Visakhapatnam, na Índia.
Diante das eleições presidenciais em Outubro, os adversários do presidente Hugo Chávez aproveitaram a explosão para criticar o governo pelo que dizem ser uma má manutenção da industria do petróleo, que é o motor da economia da Venezuela.
