A coordenadora humanitária da ONU, Valerie Amos, discutiu, Terça-feira (14), na Síria, formas de melhorar o acesso aos civis atingidos pela escalada de violência, e pediu ao governo e aos rebeldes que respeitem o direito humanitário internacional. Diariamente, centenas de pessoas fogem da Síria, onde há 17 meses o governo tenta reprimir uma rebelião contra o presidente Bashar al Assad.
Alguns sírios chegam feridos aos países vizinhos, enquanto outros relatam que foram alvos de disparos nas áreas fronteiriças, segundo o a agência da ONU para refugiados (Acnur).
Amos, que entrou, Terça-feira (14), na Síria num comboio vindo do Líbano, visitou escolas onde há centenas de desabrigados no bairro de Zahera, em Damasco, segundo a ONU.
“As pessoas que encontrei hoje disseram-me que precisam de água limpa, saneamento, assistência médica e comida”, disse Amos em nota. “Elas estão assustadas. Muitas não têm casa para onde voltar, e precisam desesperadamente de mais ajuda e apoio.”
Ela reuniu-se com o primeiro-ministro Wael al Halki. “Nessa reunião, (Amos) salientou a importância dos princípios da imparcialidade e da independência subjacentes ao trabalho humanitário, e a necessidade de que os agentes humanitários cheguem a todos os afectados pelo conflito”, disse a nota.
A directora da ONU também iria reunir-se com outras autoridades do governo, com o chefe da missão de monitoramento da ONU, general Babacar Gaye, e com um representante do Crescente Vermelho.
Ela deve permanecer na Síria, Quarta-feira (15), e, Quinta-feira (16), irá visitar o Líbano. Um porta-voz da ONU disse que Amos pretendia “examinar a situação no terreno e discutir com o governo e os parceiros humanitários sobre como ampliar a reacção na Síria”.