A gestão por empresas do sector privado dos postos de abastecimento de combustíveis no país está a registar deficiências relacionadas com a disponibilização daquele produto em todos os distritos onde foram instalados os mencionados postos.
Esta situação foi constatada ao longo do tempo em que o projecto foi sendo desenvolvido, pois foi se verificando que o mesmo debate-se com a falta de sustentabilidade na disponibilização dos combustíveis, facto que não corresponde com as expectativas que consistiam em minimização dos constrangimentos relacionados com a escassez a nível das regiões distantes das cidades capitais no país.
O facto foi tornado público esta terça-feira na cidade de Nampula pela Presidente do Conselho de Administração do Fundo Nacional de Energia (FUNAE), Miquilina Mineses durante o seminário daquela instituição, um encontro realizado com o principal objectivo de apreciar e discutir o balanço sobre o ponto de situação da iniciativa e a respectiva avaliação sobre a localização geográfica.
Miquilina Mineses disse que no lançamento dos concursos para a adjudicação das obras de construção e posterior gestão dos postos de abstecimento de combustíveis eram exigidos requisitos que têm a ver com as capacidades para a execução das actividades que depois eram incumbidas. “Mas neste encontro, estivemos a discutir a possibilidade de fazer-se um acompanhamento para realização da monitoria de modo a apurar se a disponibilização do combustível para as comunidades está a ser garantida”, precisou a fonte.
Por outro lado, aquela responsável deu a conhecer a existência de alguns empreiteiros de má fé que abandonam as obras de construção dos postos de abastecimento de combustíveis, mas avançou que para a solução desta questão será exigida a indemnização ao Estado. Revelou, ainda, a existência de 45 distritos de todas as províncias que estão, neste momento, a beneficiar do programa, com uma perspectiva de, neste ano, abranger igual número de distritos.
Além de 120 localidades já identificadas com acesso aos painéis solares beneficiando as comunidades e estabelecimentos de ensino e unidades sanitárias permitindo a realização de trabalhos no período nocturno. A fonte disse, igualmente, que se pretende iniciar com a materialização de um projecto para a instalação de painéis solares em mais de 500 escolas, hospitais localizadas em todas as províncias do país. E a concretização vai necessitar um pouco mais de 500 milhões de meticais, valor a ser disponibilizado por parceiros de cooperação daquela instituição, cujos nomes não se dignou de revelar.
De referir que sob o lema “Racionalizemos o Uso dos Recursos Energéticos para desenvolver Moçambique”, o Ministério dos Recursos Minerais e Energia reúne-se a partir de amanhã (15) até próxima sexta-feira (17), na cidade de Nampula, no seu VIII Conselho Coordenador com vista a avaliar o desempenho do sector, mais concretamente o grau de cumprimento das actividades definidas no PES, ao longo do primeiro semestre deste ano e perspectivar acções para o próximo.
De acordo com um comunicado de imprensa na posse da nossa Redacção, a proposta do Plano Económico e Social, assim como o respectivo orçamento para 2013 será igualmente objecto de análise no decurso do encontro que será orientado pelo ministro de tutela, Salvador Namburete. O impacto nas comunidades do programa de expansão da rede de distribuição de energia da rede nacional que abrange actualmente 107 dos 128 distritos do país, bem como o de combustíveis através da construção de postos de abastecimentos nas zonas rurais, serão igualmente abortados no encontro.
