O Mamparra desta semana é dividido pelo senhor Borges da Silva e a instituição que ele representa, no caso em apreço o Fundo de Fomento de Habitação, que a cada dia que passa se vão desdobrando em desculpas estapafúrdias no que concerne à possibilidade de um jovem poder ter uma casa.
Falando ao Canal de Moçambique, a semana passada, que trouxe à tona que as casas da Vila Olímpica no Zimpeto estavam a ser atribuídas a figuras de relevo do partido Frelimo, aquele senhor, sem cara-de-pau, como diriam os brasileiros, disse que “houve um erro de digitação”!!!
Que “erro de digitação” é esse que atribui casas aos generais Chipande (que já tem), Américo Mpfumo, aos ministros Filipe Nyussi e Carmelita Namashulua e não atribui ao Macamo, Khossa, Rungo, Bata e outros anónimos deste país? Será que os nomes de tais e outras sonantes figuras é que podem gozar desse tipo de “erro de digitação”?
A mamparrice é da tal forma que o senhor Borges da Silva deve estar a pensar que os moçambicanos, perante tamanha humilhação a que têm sido sujeitos, estão com problemas de Quociente de Inteligência (QI).
Está redondamente enganado. Os moçambicanos sabem que têm estado a ser vítimas de um longo insulto colectivo, mas não deixam abalar a sua fé, com o amor pelo trabalho. O Fundo de Fomento de Habitação, vezes há em que se afigura como um manicómio sem psiquiatras e psicólogos para curá-los da grave doença que tem estado a afectar-lhes os neurónios.
Parece que as casas que esta instituição está para construir, no bairro de Intaka, foram concebidas pelas mentes mamparras do Fundo de Fomento de Habitação para filhos e netos daqueles que têm os apelidos na primeira lista dos “erros de digitação”.
Quem é o jovem, honesto, sacrificado e trabalhador que pode pagar entre 63.000 a 158 mil dólares norte-americanos? Sim, é esse o preço da simulação por eles feita baseada no custo actual para a edificação do modelo escolhido – as casas vão do tipo 1 a 4.
É tempo de começarem a ser sérios e não tratar as pessoas que não têm os apelidos na primordial lista de “erros de digitação” como se de cidadãos moçambicanos não se tratasse.
É que a este ritmo vamos todos qualquer dia mudar de nomes, para este tipo de concursos, e passaremos a chamar- -nos todos Chipande, Nyussi, Guebuza para que possamos ter a oportunidade de estar na lista do “erro de digitação”.
Iremos também ao Tesouro ostentando esses nomes e apelidos para que consigamos ter empréstimos como alguns tiveram e até hoje ainda devem ao erário público, como nos tem informado o Tribunal Administrativo.
Mais, com esses nomes e apelidos poderemos ser “empresários” da noite para o dia, poderemos ser deputados e aí não haverá mais mamparrice no Fundo de Fomento de Habitação do tipo de “erro de digitação”.
Quem detém estes mamparras? Quem?
O saudoso Carlos Cardoso, por vezes dizia e estava cheio de razão, “Em Moçambique só falta chover de baixo para cima”!
No próximo “erro de digitação”, quero ser médico psiquiatra, para com a ajuda do caro leitor ajudar-me a curar estes bandos de mamparras.
Seus mamparras, mamparras, mamparras.