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Missão dinamarquesa vai colher dados para reavaliar o Polo Norte

A Dinamarca promoverá, a partir do fim do mês, uma expedição científica ao oceano Ártico com a intenção de recolher dados que corroborem a sua reivindicação territorial sobre um vasto trecho ao norte da Groenlândia, o que inclui o próprio Polo Norte.

A solicitação, a ser formalizada sobre a Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Lei do Mar, pode abrir um conflito de interesses com dois outros países banhados pelo Ártico, Rússia e Canadá, que também têm as suas ambições.

“Precisamos dos dados que planejamos adquirir nesse cruzeiro”, disse Christian Marcussen, cientista-chefe da expedição, do Departamento de Pesquisas Geológicas da Dinamarca e Groenlândia.

“Estamos bastante confiantes de que poderemos fazer uma apresentação.” A Dinamarca considera ter direito a um território onde acredita-se haver muitos recursos de petróleo e gás por explorar, mas descarta uma ocupação unilateral ou um confronto territorial.

“Rejeito os cenários de confrontos que foram apresentados na media e nos círculos acadêmicos”, disse o embaixador da Dinamarca para o Ártico, Klaus Holm. A expedição vai zarpar no dia 31 de Svalbard, uma ilha ao norte da Noruega.

Os cientistas, a bordo do quebra-gelo sueco “Oden”, irão recolher dados sísmicos e de profundidade para corroborar possíveis reivindicações formais. A Dinamarca tem até Novembro de 2014 para protocolar os seus pedidos.

Copenhaga já identificou cinco possíveis áreas a serem reivindicadas nas costas das ilhas Faroe e Groenlândia, lugares que pertencem ao Reino da Dinamarca.

O governo dinamarquês já apresentou as suas reivindicações relativas a áreas ao norte e ao sul das Faroes, e duas áreas ao sul da Groenlândia.

Os pedidos foram feitos à Comissão sobre Limites da Plataforma Continental, que avalia a validade científica dessas solicitações.

Qualquer disputa, porém, precisará de ser resolvida por meio de negociações entre os países envolvidos, não por arbitragem da comissão.

Pela convenção da ONU, um país pode ampliar a sua zona económica marítima a até 200 milhas, caso prove que a plataforma continental é uma extensão da sua massa terrestre.

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