O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, contratou o jurista espanhol Baltasar Garzón para assessorá-lo enquanto busca asilo político no Equador, informou, Terça-feira (24), o ministro de Relações Exteriores do país, Ricardo Patino.
Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde o dia 19 de Junho. O ex-hacker, que enfureceu o governo norte-americano em 2010 quando o seu site WikiLeaks publicou cabos diplomáticos secretos dos EUA, é procurado na Suécia para um interrogatório por supostos crimes sexuais.
O activista australiano violou os termos da sua fiança e solicitou asilo ao Equador por temer que possa ser enviado aos Estados Unidos, onde considera que a sua vida estaria em perigo.
“O senhor Assange pediu os serviços do advogado Baltasar Garzón para tratar do seu caso, e claro, ele tem todo o direito de contratar e de buscar o apoio jurídico de que necessita e possa necessitar para o processo de solicitação de asilo político que apresentou ao Equador”, afirmou Patino aos jornalistas em Quito.
O governo equatoriano disse que levará o tempo que for necessário para fazer uma análise detalhada da solicitação de asilo de Assange antes de tomar uma decisão.
Garzón, um juiz que tornou-se mundialmente conhecido pela sua defesa dos direitos humanos, é famoso por ter ordenado a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, em 1998.
Patino disse que recebeu bem a participação de Garzón no caso de Assange, porque o governo equatoriano mantém uma “relação muito boa” com o jurista.
Garzón faz parte dum painel internacional que foi criado para supervisionar a actual reforma do Judiciário do Equador, país membro da Opep.