O novo presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, decidiu nesta quinta-feira “suspender as atividades da Assembléia Nacional e do Senado”, anunciou à imprensa o porta-voz do governo ao término do primeiro conselho de ministros liderado pelo ex-líder opositor.
O conselho confirmou a criação de uma “alta autoridade para a transição para a IV República” e garante o funcionamento regular das instituições e da democracia durante o período transitório que não poderá exceder os 24 meses, segundo o porta-voz do governo, Augustin Andriamananoro.
Na véspera, a Alta Corte Constitucional de Madagascar legalizou a designação à presidência interina de Rajoelina após a renúncia forçada de seu antecessor Marc Ravalomanana, depois da concessão, por parte do Exército, de “plenos poderes” ao novo chefe de Estado.
Confirmado presidente em exercício, Rajoelina prometeu fazer da luta contra a pobreza sua prioridade diante de 15.000 pessoas reunidas na Praça 13 de Maio, principal cenário de sua disputa de três meses com Marc Ravalomanana.
“Não vou vender arroz e óleo”, disse à multidão Rajoelina, referindo-se ao seu antecessor, proprietário de um império agro-alimentar em Madagascar:
“baixarei os preços. Vou conversar com os operadores econômicos para poder baixar os preços do arroz”, alimento de base em um dos países mais pobres do planeta.
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