O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, determinou que as fronteiras do seu país sejam abertas para permitir a entrada de refugiados sírios, anunciou o seu gabinete, esta Segunda-feira (23).
A ordem, que foi destinada ao Exército, aos guardas de fronteira, ao Crescente Vermelho e a outros órgãos públicos, recomenda a realização de preparativos para receber os refugiados sírios “cujas condições extraordinárias no seu país obrigam-lhes a uma mudança de localização”, segundo a nota divulgada pelo governo.
O general Issam Yassim, comandante das forças de fronteira no posto fronteiriço de al-Waleed, 560 quilómetros a oeste de Bagdad, confirmou à Reuters que a ordem foi recebida.
“A ordem chegou há 30 minutos”, disse ele, acrescentando que a medida vale para todos os acessos na fronteira Síria-Iraque.
O lado sírio de al-Waleed, um dos três principais acessos, está sob o controle das forças do governo sírio e tem sido muito usado por iraquianos que fogem da violência na Síria.
Os rebeldes sírios dizem estar no controle do outro posto da fronteira, o de Albu Kamal-Qaim, que ocupa uma importante rota comercial mais ao norte.
Essa passagem havia sido fechada pelo Exército iraquiano devido aos temores do governo de que a violência na Síria transbordasse para o Iraque.
Uma terceira passagem, em Rabi, perto da cidade iraquiana de Mosul, chegou a cair nas mãos dos rebeldes, mas foi recuperada pelas forças do governo sírio.
Há outro acesso no Curdistão iraquiano, perto da fronteira com a Turquia.