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Moçambique pode ser palco de violentos conflitos

Muitos conflitos violentos poderão eclodir a qualquer momento em Moçambique caso se assista a uma má gestão dos frutos gerados pelos recursos naturais.

Estes alertas foram emitidos, Sexta-feira (20) pela académica Rosta Valói, docente da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

Valói vaticina que os conflitos poderão ser de dimensão “bem maior que a atingida em 2008 e 2010, contra o aumento dos preços de produtos alimentares e combustíveis, elucidando que estimativas de 2003 de uma instituição externa de avaliação deste tipo de conflitos atribuíram a Moçambique o índice de 15,3%”.

Na avaliação da mesma instituição que poderá ser publicada este ano, Rosta Valói disse que a mesma poderá ser bem maior que a de 2003 por terem eclodido conflitos protagonizados por camponeses de Tete reassentados na região de Cateme, depois de terem sido retirados do distrito de Moatize em razão da implantação do projecto de exploração intensiva do carvão mineral na zona onde viviam.

Disse também terem sido registadas manifestações populares no projecto das areias pesadas de Moma, na província nortenha de Nampula, que poderão aumentar o nível de avaliação de conflitos em Moçambique, edição deste ano, 2012.

Aquela académica falava, esta Sexta-feira (20), em Maputo, durante a sua apresentação sobre o tema Recursos Naturais, Desenvolvimento e Conflitos nos PALOPs, feita na conferência sobre edificação da paz nos PALOPs 2012 que contou com a presença da delegação angolana dos membros da sociedade civil daquele país, para além de académicos e membros da sociedade civil de Moçambique e ainda de representantes de partidos políticos moçambicanos com assento no Parlamento e extra-parlamentares.

O encontro foi co-organizado pela Justa Paz e OREC (Organização para Resolução de Conflitos).

No encontro foram também ouvidos depoimentos sobre políticas a adoptar para assegurar que a exploração dos recursos naturais contribua efectivamente para o desenvolvimento e prevenção de conflitos nos PALOPs e ainda sobre o papel da sociedade civil na promoção de mecanismos tendentes a uma exploração e gestão racional dos recursos naturais nos PALOPs.

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