Os trabalhadores de empresas de segurança privada em Moçambique estão já organizados em sindicato para a defesa dos seus interesses. Denominado Sindicato dos Trabalhadores de Segurança Privada de Moçambique (SINTSPRIMO), a sua criação foi da iniciativa dos trabalhadores da empresa de segurança privada G4S, face ao cenário actual caracterizado por injustiças laborais praticados pelo patronato.
“A ideia surgiu primeiramente dos trabalhadores da G4S, que viram, por três vezes, os seus direitos a serem desrespeitados e os sindicatos existentes a não corresponderem às expectativas em termos de resolver os seus problemas”, explicou Boaventura Mutimucuio, porta-voz da conferência e chefe do comité sindical dos trabalhadores da G4S em Maputo, na conferencia constitutiva do sindicato que teve lugar quinta-feira na cidade meridional da Matola.
De acordo com a fonte, o sindicato surge com o objectivo de promover a unidade no seio dos trabalhadores e a defesa dos seus interesses sócio-profissionais.
“A segurança privada está a atravessar momentos turbulentos. É nessa vertente que criamos o SINTSPRIMO, com o principal objectivo de organizar a luta dos trabalhadores pela melhoria das condições de trabalho, vida e satisfação das suas legítimas revindicações”, disse.
Dos vários problemas que o sector de segurança privada enfrenta, a fonte mencionou como sendo o principal a violação do direito à segurança social.
“O nosso sindicato quer promover uma negociação colectiva com as empresas para ver se respeitam os direitos dos trabalhadores. A segurança social do trabalhador está a ser violada. O patronato não segue os padrões de salário mínimo estabelecido pelo Estado. Estamos a receber valores abaixo do salário mínimo e isso deve acabar”, lamentou Mutumucuio, citado hoje pelo “Diário de Moçambique”.
“O sindicato que nasceu aqui vai, com certeza, minimizar os problemas dos trabalhadores da classe”, contou.
Por sua vez, Madalena Zandamela, representante da OTM-CS, afirmou que a SINTSPRIMO é um sindicato que tem uma nobre causa que é a de promover o trabalho decente e fortalecer a capacidade interventiva dos trabalhadores na defesa dos seus direitos e interesses.
“O sector de segurança privada em Moçambique vive momentos exaltantes da sua história”, considerou.
Destacou o facto de haver, no seio do governo, “importantes espaços de diálogo social, visando abordar e procurar soluções para os problemas que afectam os trabalhadores, em particular do sector de segurança privada”.
O SINTSPRIMO é composto, numa primeira fase, por trabalhadores de quatro empresas de segurança privada, nomeadamente G4S, SEC Segurança, Burglar Alert e General Security, mas está aberto à adesão de todos.
A eleição dos membros directivos do sindicato será feita hoje. Participam da conferência, que termina hoje, delegados dos comités Sindicais de empresas de segurança privada de todas as províncias do país, mas pertencentes às quatro firmas
2 Responses
Bom dia, estou a trabalhar numa empresa de segurança e estão me devendo um mês ( março 2023), até hôje que é 01/03/2024 não estou sendo dado.
Já fui a base muitas vezes sempre dizem que vão meter mas nunca metem.
Peço ajuda!
É tão lamentável a situação e temos tido muitos casos similares no seio das empresas de segurança privada,contudo aconselho ir a expensaō de trabalho para arbitrar.